Mulheres que inspiram: lideranças femininas no mundo corporativo

Mulheres que inspiram: lideranças femininas no mundo corporativo

Conheça importantes lideranças femininas do Brasil e do mundo e saiba como elas estão deixando a sua marca neste novo momento do mundo corporativo.

Não precisamos voltar no tempo para analisar o mundo corporativo quando dominado pela presença masculina em cargos de liderança. Crenças empresariais desatualizadas e até mesmo inadequadas sempre foram comuns na maioria dos setores da economia, o que de certa forma exacerbou uma cultura prejudicial às organizações.

 

O número de pessoas que acreditam que mulheres têm oportunidades iguais para alcançar posições de liderança não para de crescer, mas isso não reflete a realidade, ainda mais em um momento onde o preconceito ainda é uma barreira significativa. Para solucionar essa questão, as empresas precisam amadurecer suas abordagens sobre paridade de gênero, criando estruturas e sistemas que funcionem para mulheres e homens.

 

Lideranças femininas em 2023

O relatório de 2023 do IBM Institute for Business Value, “Women in leadership: why perception outpaces the pipeline - and what to do about it”, aponta que a porcentagem de mulheres em cargos de liderança caiu no mundo todo. Entre profissionais seniores e gerenciais não executivos, a taxa de ocupação das lideranças femininas é de 30% a nível global, enquanto no Brasil é de 29%.

 

O mesmo relatório aponta uma discrepância ainda maior quando falamos em cargos como a vice-presidência, que caiu de 18% no período pré-pandemia para 14% em 2023, o que deixa de fazer sentido quando analisamos os resultados de organizações identificadas como líderes em equidade de gênero nos últimos anos: o crescimento de receita é 19% maior do que em outras empresas pesquisadas.

 

Embora muitos fatores possam estar inibindo o progresso, as empresas podem fazer avanços mais ousados ​​caso se comprometam a agir agora. As organizações precisam tratar a equidade e a diversidade de gênero como se sua sobrevivência dependesse disso. Nivelar o campo de jogo não é apenas a coisa certa a fazer, é inegavelmente bom para os negócios.

 

Como melhorar o alcance da equidade de gênero

Ainda segundo o IBM, algumas ações podem indicar o caminho para um mundo corporativo mais igualitário e adequado às novas perspectivas sociais do mercado:

 

O topo deve ser destinado aos melhores talentos: avançar neste quesito não diz respeito somente a aumentar as vagas destinadas às mulheres, mas sim a revisar cuidadosamente as posições de liderança e os sistemas que as suportam.

 

O diálogo sobre gênero precisa mudar: é preciso reformular o diálogo sobre o avanço da liderança feminina para uma linguagem que motive sua ação, como os resultados em negócios.

 

As novas estratégias precisam sair do papel: não adianta se posicionar como uma organização favorável às mulheres e manter isso apenas na agenda estratégica. Sem métricas e diretrizes, elas são apenas palavras.

 

Pense em todos os níveis da organização: para falar de paridade de gênero na liderança, precisamos promulgar medidas que abordem a paridade de gênero em todo o pipeline de liderança, e não apenas nos cargos mais altos.

 

Dentro deste cenário, as empresas pioneiras no uso de estratégias de equiparação de gênero são também as que relatam maior porcentagem de mulheres em posições executivas. Embora ainda não tenham atingido a paridade, já apresentam resultados acima da média em crescimento financeiro e inovação.

 

Conheça as mulheres que estão mudando o mundo corporativo

Há muitas mulheres inspiradoras que estão fazendo a diferença em cargos de liderança e negócios em todo o mundo. Conheça algumas delas:

 

Mary Barra - CEO da General Motors, é a primeira mulher a liderar uma grande montadora de automóveis.

 

Ginni Rometty - Ex-CEO da IBM, foi a primeira mulher a liderar a empresa em seus 100 anos de história.

 

Bianca Andrade - Fundadora da Boca Rosa Beauty, levou a empresa do zero ao faturamento de 9 dígitos.

 

Cristina Junqueira - Cofundadora do Nubank, a brasileira recentemente ficou em 2º lugar no ranking global “Top 100 Women in Fintech”.

 

Safra Catz - CEO da Oracle, é uma das mulheres mais bem pagas em todo o mundo e foi listada como a 20ª mulher mais poderosa do mundo pela Forbes em 2020.

 

Abigail Johnson - CEO da Fidelity Investments, é uma das mulheres mais bem-sucedidas do setor financeiro, liderando a empresa fundada por seu avô.

 

Ana Fontes - criadora da Rede Mulher Empreendedora: uma plataforma online focada exclusivamente no desenvolvimento do empreendedorismo feminino.

 

Ursula von der Leyen - Presidente da Comissão Europeia, foi a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto da União Europeia.

 

Beth Ford - CEO da Land O'Lakes, é a primeira mulher abertamente gay a liderar uma empresa Fortune 500.

 

Rosalind Brewer - CEO da Walgreens Boots Alliance, é a única mulher negra a liderar uma empresa Fortune 500.

 

Helena Helmersson - CEO da H&M, lidera uma das maiores empresas de moda do mundo e tem trabalhado para tornar a marca mais sustentável e consciente.

 

Essas mulheres são exemplos de líderes fortes e inspiradoras, que estão quebrando barreiras e conquistando sucesso em seus campos de atuação. Seus esforços estão ajudando a abrir caminho para mais mulheres assumirem cargos de liderança e mostrando que a igualdade de gênero é essencial para o sucesso dos negócios e da sociedade como um todo.

 

O que esperar do mundo corporativo nos próximos anos

Existe um esforço, por parte de muitas organizações, para aumentar significativamente o número de mulheres que ocupam cargos de liderança ainda em 2023, atingindo metas que ficaram estagnadas por anos.

 

Segundo o estudo realizado pela ManpowerGroup, 37% das empresas brasileiras têm programas internos de desenvolvimento feminino e, dentre as pesquisadas, estas são as ações mais recorrentes:

 

27,3% das empresas possuem políticas de contratação específicas e voltadas para equidade de gênero;


27,4% possuem políticas de apoio à carreira ou liderança de mulheres;


63,1% promovem ou participam de eventos relacionados ao tema;


46,4% se posicionam publicamente a respeito da causa;


53% têm programa de disseminação de conteúdo de temas;


60,2% promovem aplicação de treinamentos ou discussões abertas aos colaboradores sobre equidade de gênero;


45% promovem aplicação de treinamento aos líderes sobre como gerenciar o tema nas equipes.

 

Apesar da inclusão de lideranças femininas no ambiente empresarial ainda caminhar a passos desacelerados, é nítido o impacto positivo que resulta das estratégias de equiparação de gênero, e a próxima líder a mudar o mundo corporativo pode ser você.


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